11.11.2007

Encontros

E heis que arranjo coragem.
Coragem para escrever, para venerar, para recordar. Para escrever alguém que não escrevi...
Coragem para perceber o que sinto e como sinto, como dizê-lo para que possam, enfim, enteder-me e desculpar a demora. Sei que ela desculpa, e isso é que me interessa.
A falta que uma pessoa faz deve ser desoladora, mas a falta de uma companheira de uma vida, é... angustiante. Ainda a vejo, recordo. Bela e sinuosa na sua finesa leve. Na manha de comida, atenção. Na necessidade das pedras e das festas, num sofá à noite, ou na cama.
Mas não, não morreu. Está cá, bem viva, bem dentro dos meus olhos. Transborda esta segunda mãe que, de tão chegada, nunca se foi e nunca irá! Não deixo. Prendo-a em mim, na minha cama, no corredor, no puff. Todos os dias a homenageio e sorrio, porque está, porque ronronou ontem e hoje e amanhã.
Por isso, boa noite nação, boa noite Tufa, até amanhã! E não te esqueças de vir enternecida, às 7.30h, enrolar-te nas pernas, ronronar, e agradecer por, afinal, só ter dormido e não morrido.

E fechem a porta, para ela não sair!