Olhar pensativo, perdido no horizonte. O menino não esqueceu que a alma futura ainda está para vir, num horizonte não muito próximo. Espera-o. Calmo, pensativo, tem já saudades do futuro...
Que queres, menino? Que posso eu dar?
Uma casa à beira-mar... Quero água, ondas,paisagens infinitas de navios, animais, vida sem fim! Quero poder respirar a brisa que do fim do mundo vem, quero ter mais que motivos para sorrir.
Uma casa à beira-mar... Quero água, ondas,paisagens infinitas de navios, animais, vida sem fim! Quero poder respirar a brisa que do fim do mundo vem, quero ter mais que motivos para sorrir.
E que farás da vida?
O que for preciso, não importa. Posso ser pescador.
E quando o temporal vier?
Pescador continuarei a ser. Inconstante presente, ansioso do futuro. Só quero que venha depressa. Depressa. Depressa. Com o vento, com as núvens, com as ondas. Com o som da tua voz.
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E o menino sorriu. Tal como o seu futuro.