7.26.2007

Ensaio de escrita


Olhar pensativo, perdido no horizonte. O menino não esqueceu que a alma futura ainda está para vir, num horizonte não muito próximo. Espera-o. Calmo, pensativo, tem já saudades do futuro...
Que queres, menino? Que posso eu dar?
Uma casa à beira-mar... Quero água, ondas,paisagens infinitas de navios, animais, vida sem fim! Quero poder respirar a brisa que do fim do mundo vem, quero ter mais que motivos para sorrir.
E que farás da vida?
O que for preciso, não importa. Posso ser pescador.
E quando o temporal vier?
Pescador continuarei a ser. Inconstante presente, ansioso do futuro. Só quero que venha depressa. Depressa. Depressa. Com o vento, com as núvens, com as ondas. Com o som da tua voz.
**
E o menino sorriu. Tal como o seu futuro.

2 comentários:

sonjo disse...

Cruzei-me com ele anos depois, comido do sol, abraçou-me. Sobrevivi ao temporal, e às adversidades temperamentais do tempo. Cá estou, vi-te e parei para de abraçar. Estavas certa. E sabias o que aconteceu. Sigo de novo, faço parte do mar, e em terra já não me dou. Parei para de abraçar, para te abraçar e para te beijar. Um beijo de sal-gema, e um abraço de amarra.

babú disse...

E um beijinho da galinha...? Num fica béim, nesta história tam bonita, pois é?

Quóck!!**